O vale das perdas

Louco mesmo é perder. E não estou falando de jogos. Uma perda assusta mais que assalto as vezes. Coisas se perdem na nossa frente: lápis, elástico de cabelo, chaves, roupas, celular e até sua dignidade (risos – desculpe)! Quantos grampos já se foram de minha vida… Não sei ainda onde é o reino encantado dos duendes ladrões de meias. E quem nunca procurou uma borracha quando ela estava na sua mão? Pois então… Andei por volta de dois meses procurando a tal borracha que estava comigo – mesmo quando ela quase escorregou e se foi de verdade. Foram muitas noites mal dormidas em função de choros, discussões e tentativas de recolocar a borracha o lugar. Uns dias percebia que ela estava ali, na minha mão, firme e forte, porém a paranoia conseguiu me cegar e tirar a paciência por muitos dias. Estás te perguntando se achei a borracha? Sim, ela está comigo, sã e salva como nunca esteve, pois ela sempre esteve do meu lado, até mesmo quando ela quase pensou em acabar com tudo e se jogar para aqueles pequenos buracos negros que levam as coisas para outra dimensão e nunca mais…