Sobre ciclos e clichês



Resisti, mas preciso falar alguns clichês sobre ciclos da vida. É patético, eu não gosto destas metáforas e analogias, porém chega um certo momento que fica impossível não tratar deles. Então vamos lá.
Ciclos. Há algo mais natural que ciclos? Vivemos em ciclos, das estações, dos anos, dos dias, das horas, dos minutos; início, meio, fim e recomeço. Nós somos a natureza, somos partes integrantes dela, então nossa vida se resume em ciclos. O importante nisso tudo é conseguirmos observar os meios e os fins, pois os começos são os mais fáceis.
Fins de ciclos chegam de surpresa, nos recusamos a enchergar o meio. Dói. O óculos das justificativas serve como Paracetamol™, nada pode ser como parece, vai melhorar, veja: nem dói mais! O efeito, como já sabemos, é temporário, assim como nossa memória ao esquecer a lição aprendida.
Ok, agora vou deixar tudo mais confuso. O ciclo no ciclo: aquele vicioso, onde o analgésico vicia o óculos transforma-se em lentes fixas. "Tudo vai melhorar, tudo vai ficar bem, tudo vai passar" são bordões repetidos enquanto estamos sentados, encolhidos, chorões,  naquele cantinho escuro, solitário e frio da nossa alma. Quanta covardia em dizer um "simples" "adeus" (ou pelo menos "até logo").
Nos torturamos porque ninguém nos conta o alívio que é sair daquele canto escuro. Ninguém sabe falar em vantagens. Ninguém aprender a ver algo bom num final. Ninguém liga pra isso - vamos ser sinceros!
Então vai o conselho de quem está conseguindo encontrar (sozinha) a luz: rompa o ciclo que te sufoca, que te prende, que te reprime. Aprenda a respirar com os próprios pulmões, logo mais para de doer. Confie e diga "adeus"!


Comentários

Postagens mais visitadas